O que o mundo vai fazendo...
Erramos nos pontos onde mais criticamos as pessoas. Por vezes nos vemos divididos entre palavras e ações.
Quantas vezes nos vemos isolados, ainda que estejamos rodeados de pessoas, mas no fundo do nosso coração nos sentimos quase sozinhos?
O tempo vai passando e a gente vai pensando que está sozinho, que não depende muito dos outros e que se calar é o antídoto ideal, pois assim o mundo não vai te alcançar; assim você vai ficar na sua, sem crescer nem diminuir. É aí que erramos, quando nos fechamos no nosso universo minúsculo e cheio de arrogância.
É difícil encontrar o caminho de volta para casa, já que as decepções são constantes e muita coisa indica que começar a desconfiar de tudo é o caminho. Começar a medir suas palavras, mesmo que estas sejam boas e de conforto, por medo de um julgamento alheio equivocado ou coisas desse tipo, tornam uma pessoa cada vez menos confiante, cada vez menos espontânea.
E, se olhar no fundo da sua alma e sentir que ainda sim tem um coração bom, então a tristeza por perceber, só agora, que os obstáculos da vida foram te vencendo, será muito maior do que a de alguém que acha que nunca foi feliz.
Vemos-nos então andando de mãos dadas com a impaciência e temos uma língua afiada, para rebater a tudo e todos, podendo calar – dessa vez não por medo e sim por humildade. Confundimos tanto as coisas e, principalmente as pessoas, que vamos colocando rótulos fúteis nelas, talvez pelo fato de um dia terem nos magoado e não termos perdoado. Ainda que não fosse só um dia, ainda que nos magoassem por dez anos, a compaixão deveria habitar em nosso coração. E sabemos disso!
O caminho é longo e a estrada é cheia de obstáculos, todavia Jesus deve habitar em nosso coração. Não só da boca para fora, que isso não serve para nada, pois a fé sem obras é morta, mas para termos um coração bom, indulgente e pacífico. É difícil, porém não é impossível.
30/10/2011
