Me culpo por tantas coisas. Aliás, algumas delas eu sei que não tive culpa. Mas, e daí? Enquanto minha mente têm consciência de que a culpa não foi minha, meu coração grita, chora, berra, desesperado, fazendo de minha pessoa uma ré.
Isso não é certo. O cérebro fica acima do coração para coordená-lo, e não para ser coordenado.
Em meio a tanta tristeza, onde está a alegria? Tantos laços quebrados, sentimentos estraçalhados. Será que emoções foram em vão?
Eu, de uns tempos para cá, disse a mim mesma que iria omitir todo sentimento que tivesse com quem fosse realmente interessado. Compartilhava minha dores comigo mesma, e fazia do meu eu-lírico uma segunda pessoa, que pudesse responder às minhas dúvidas. De que adianta? Adianta que aprendi que expor sentimento demasiadamente é errado, todavia deixá-lo guardado pode ser pior.
Mas, o que você sente? Você se importa? Parece que não. Afinal, você é tão "fria". Disse alguém. NO fundo, quem é que sabe o que se passa aqui? Se passam tantas emoções, todas elas camufladas por batom, rímel e delineador. Então, o mesmo alguém diz que você é linda, maravilhosa, belíssima e tudo de bom. E, são tantos "alguéns" que falam igual, o texto é o mesmo, só os atores que mudam. Pior é quando você acaba escolhendo o ator que vai te desbancar, te levar de protagonista à antagonista, te encher de culpa, fazer você se sentir um caco, e, ainda sim, nunca mais olhar na sua cara! Fazer tudo isso bem de longe, é para poucos.
Você se sente como naquela música "Criança caída no chão", sim. Uma criança velha, cansada de fingir que não se importa com o lugar para onde as coisas estão caminhando.
Quanto amor eu tinha para mostrar para esse mundo; quanto afeto eu guardei; tantos carinhos eu fingi que não precisava; me fiz ser tão forte, mas, por dentro, tão frágil.
A vida tem dessas coisas, a gente perde, a gente ganha, a gente perde, a gente ganha, a gente empata...até vencer.
E, quando seu coração é obstinado? É tão difícil. Você quer dizer, você necessita desabafar, porém você sabe que não vai. Você é uma pessoa orgulhosa, mas tão sentimental - e ninguém, além de seus melhores amigos, sabe. No seu íntimo você abriga um coração de cristal, capaz de se magoar tão facilmente - mas, ainda sim, as pessoas te enxergam como uma rocha. Sim, você é uma rocha! Uma fortaleza... uma fortaleza humana, que tem medos, erra, acerta, chora e chora muito. Ri demais, se diverte da cara dos outros, depois se arrepende, se acha tão má, vê o quanto errou. Aí é que volta a amar. De repente vem alguém e joga seu amor no lixo, como se ele fosse um monte de maquiagem velha, que só serve para pintar a cara de um palhaço. É mágoa.
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